sexta-feira, 22 de junho de 2012

Somos os maiores


Gosto muito de futebol, isso é um facto, mas adoro ainda mais nesta altura de selecção, em que se pode ligar a televisão e na abertura não ver desgraças, apenas que somos os maiores e os melhores do mundo e aquele menino da gasolineira já nem precisa de emigrar para ser alguém, afinal vai ser alguém, porque provámos que não somos preguiçosos. E já podemos "viver acima das possibilidades".
Por estes dias não há crise, nem austeridade, a situação da Grécia e da Espanha passa-nos ao lado (excepto no ponto em que a Grécia joga contra a Alemanha e a Espanha contra a França). Por estes dias não há nada que afecte a alma lusitana, somos corajosos, lutadores e dedicados.
Somos os maiores.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

e ainda...

Ao sair do sono profundo, tal Alice mergulhada no País das Maravilhas, espreguiça-se, bate em mim, que estava a conversar com ela para animar o dia:
"- Arrrrgggh... preciso de espaço..."
E eu nada.
"- Mamã vamos fazer assim, tu vais tomar o pequeno-almoço e eu fico aqui mais um bocadinho."
"- Ah é? Sou eu que estou a incomodar?"
"- Não mamã, é só um jogo. Tá bem?"

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Ao Acordar

A miúda tem mau acordar. Sempre dormiu muito e ainda hoje, se a deixar dorme, 10 - 12h, sobretudo se não tiver dormido de tarde (excepção feita aos dias em que não há escolinha, não quer dormir e levanta-se fresca...). Até dá gosto vê-la.
Ou seja, se acordar por ela, menos mau, acordando-a é o fim do mundo.
Isto é um ponto assente e vou-me resignar definitivamente, a que ela, que tal como os adultos, tem o seu ritmo (eu própria não funciono bem na 1ª hora).
Ora o problema é que este facto entronca (linda palavra) nos preparativos para sair, na chegada à escolinha e na manhã lá passada... Fazer o quê? Dar-lhe um cafézinho? As tardes, depois da sesta, são sempre melhores.
Nos (meus) melhores dias lá consigo lidar com a coisa, fazer umas macadadas e respirar muito fundo, perante um interminável muros de lamentações. Nos outros, não.

Depois há os dias de excepção, em que consigo que adormeça cedo (já que à noite é o oposto, está cheia de energia, que ficava acordada até às tantas) e que acorda tranquila:
"- Mamã já tomaste o teu pequeno-almoço?"
"- Não" - na realidade sim.
"- Então vou ficar aqui 5 min e depois tu vens-me buscar."
"- Está bem." - enquanto fico a conversar e a fazer-lhe festas
...
"Mamã, tens fome?"
"Tenho."
"Então vai comer."

E despacha assim a mãe. E rio-me bastante. E lembro-me do dia em que não terá esta delicadeza ao chamar-me chata e irá descartar aquilo que agora tanto quer. E suspiro de novo.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Purgatório

A minha filha ontem transformou o infantário na visão mais próxima que as educadoras têm tido do purgatório ou do dilúvio final.
Lá tive que me armar em forte e dar continuidade às sanções disciplinares.
Parte boa: nesta fase aguentou-se como uma valente.
Melhores dias virão.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

...

"O J.P disse que quando eu fosse muito, muito velhinha ia morrer e ia para o céu!" - obrigada J.P., ainda estou a tentar ajudar a superar os desafios dos 4 anos e crias-me tu esse desafio, que andava adormecido.

Ribombar

Acordei com uma neura do tamanho do mundo. Por tudo e por nada e não apenas por ser 2ª feira. Talvez seja um acumular de trovões a ribombar e o meu pára-raios não esteja a captar tudo. É estúpido, eu sei. Sou apologista do "alegrarmo-nos com o que é alegre, entristecermo-nos com o que é triste" - sem reservas, porque é frequente esquecermo-nos da 1ª parte, com medo que a qualquer altura surja a 2ª. Mas efectivamente nada triste aconteceu, logo é estúpido.
Nem é a questão do "como é que vai ser ou não vai" que me chateia, é mesmo o presente a morder-me os calcanhares.
Se pensar positivo é fácil nos dias positivos, nos negativos é agarrar-me às imagens com frases bonitas que andam por aí, por isso todos os mantras, frases-chave, ditados e psicologias são bem-vindos.
Irra, estou tremendamente chata.
Vamos só dizer que estou em reflexão, que é mais bonito.



(não faço ideia o que é que o Shakespeare teve a ver com isto... mas o "to be or not to be" diz-me muito) 


Vá, admito que o mau humor matinal da Joana e o facto de ter começado o dia a ralhar-lhe não ajudou... Estou a precisar de férias do infantário também.

sábado, 16 de junho de 2012

O que a minha filha e o futebol (também) ensinam


"A sorte dele foi ter dado um pontapé na atmosfera" foi a frase que ouvi de passagem na rua entre dois "executivos" adeptos da selecção, sobre o golo do Varela, que à 1ª falhou a bola e à 2ª marcou o golo. Totalmente certa: à 1ª provavelmente acertaria no jogador adversário - e resumiu ali, sem querer, a essência da vida: às vezes temos mesmo que dar muitos pontapés na atmosfera, eu própria continuo a chutar.

"E no intervalo Portugal também ganha?" - para esta miúda, perder nem pensar, ganhar até se ganha o intervalo, não é só a 1ª, nem a 2ª parte.

"Aquela miúda não gosta nada de perder, já viste?" - dizia uma mãe para uma avó após a big birra no jogo do galo, que eu apenas a impedi que ganhasse. Claro que a repreendi e nem joguei mais. No entanto, já vi adultos fazerem figura pior por perderem e em coisas, vá, idênticas. Tragam de lá essas crianças que gostam de perder, que eu quero ver.
Quando tudo pressiona a miudagem (e não só) para o sucesso, para o correcto, para o bonito, perfeito e ideal, digo eu que é o que passamos a vida a tentar fazer.




sexta-feira, 15 de junho de 2012

Procrastinar


Estava aqui a ler uns blogs realistas, a reflectir sobre a vida e resolvi deixar de procrastinar (que é também uma coisa que também aprendi nos blogs, às vezes com outro nome, por exemplo nos  Locais habituais - actualmente a Dora é o meu gurú) e ir buscar a cadeira nova da miúda para o carro, que chegou da 9 Luas (A Patrícia Mamã Peixinha foi a gurú da minha gravidez e cá continua no coração).

Missão impossível, pensava eu, estacionar por lá. Estamos a falar da rotunda de uma das rotundas mais famosas do país e de transportar uma caixa grandita - motivos pelos quais andava, lá está, a proscrastinar, a pensar como vai ser, "e se", "ah e tal" - e a reclamar dos espertalhões dos CTT que colocaram o aviso no correio, sob pretexto de, como vi on-line, "o destinatário tem apartado", em vez de entregarem a encomenda em casa - mas isso são outros 500... e muito poderia insultar dizer sobre o chico-espertismo.

E continuando a reflectir sobre a vida numa mera deslocação: sorte, passou o fiscal e vagaram muitos lugares. Sorte, um senhor que tinha acabado de carregar o parque e ia sair, deu-me o ticket dele. Sorte, não era tão pesado como pensava (ou ando a comer bem).

À conta do parque grátis fui ainda jogar no euromilhões, que a sorte não é todos os dias - ou será para quem arrisca e ainda tiro daqui uma lição de vida?!? (azar, só gastei foi 2€ - uma excelente oportunidade para voltar a jogar, como ensina o nosso 1º)
Apesar do cor-de-rosinha, não deixei de mandar vir nos Correios.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Filosofias nocturnas

"Quando eu não olho, o xixi vem para trás, quando eu olho vai para o pipocas."


(o termo pipocas é da minha autoria, nunca gostei de pipi nem passarinha, nem nada que o valha - igualmente mau, mas mal por mal, pipocas)

terça-feira, 12 de junho de 2012

7 dias da semana

A miúda sabe os dias da semana e as actividades previstas para cada dia, seja em casa ou na escola. À sexta sabe que é o último dia da semana, que à noite pode deitar-se tarde, esticar a brincadeira, as histórias antes de dormir, o leitinho e as estrelinhas. Ao sábado sabe que é dia de ginástica e de ao acordar chamar: paapáááá! (ao contrário dos restantes 300 e tal dias do ano...)

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Xô bicho!

O bicharoco passou rápido, ficou-se pelos sintomas soft e na 6a só não foi ao infantário para não passar a "tinha" aos amigos. Mal acordou puxou a camisola do pijama para cima e perguntou: "mamã, tenho pintinhas?" - já a ver onde ia parar a conversa: "porque é queres saber?" - "não posso passar às pintinhas para os meus amigos!"
Com a miúda boa pudemos usufruir do fim de semana em pleno, com ida a Fornelos no sábado para a (mini) ajuda e a Castelo de Paiva no domingo, um jantar com amigos pelo meio, ufa estou cansada! :)
Nota para a observação na sala de espera do hospital: "Olha mamã tantas pintas ! Pareço um dálmata!"

Viste S. Pedro, viste?

sábado, 9 de junho de 2012

Porque é que a malta gosta de feriados


No Corpo de Deus fomos parar ao Zoo Sto. Inácio, assim sem estar à espera, o soube muito melhor.
Depois de um delicioso almoço com os avós de parte a parte, o pai ligou ao tio F. que tinha combinado com as primas ir e colámo-nos. O tempo estava novamente ameaçador, mas ficou uma tarde solarenga - S. Pedro, já podias desistir, que nós vamos sempre!

Foi uma óptima tarde, passada aqui tão perto de casa. O parque está bem conservado, tem já muitos animais e já se notam preocupações em adaptá-los ao meio natural (uns mais do que outros...), talvez por optarem pelos de menor porte. Há um ano fomos ao da Maia e não sei quem estava mais deprimido, nós ou os animais...

Escusado será dizer que a Joana adorou a surpresa, especialmente os macacos e as suas macacadas.
À noite lembrou-se de dizer perante as caretas do tio "afinal o meu preferido é o tio F!". ;)

É por isto que a malta gosta de feriados, pelos vistos, tá mal!



sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dia Mundial da Criança

01.Junho

Como a Joana estava melhor da amigdalite, na 6ª feira de manhã foi à escola para aproveitar as surpresas do Dia da Criança! Valeu bem a pena, esteve lá um palhaço, que fez um teatro com os meninos, pinturas faciais e balões com formas. A Joana quis participar em tudo, o que foi uma grande vitória. Foi a 1ª vez que deixou pintarem-lhe a cara. Veio para casa muito feliz!




No sábado, na continuação dos festejos, estivémos no Palácio de Cristal, onde havia várias actividades preparadas para as crianças. Estivémos na dúvida entre ir ou não, porque chovia bem, mas fazendo jus ao tema "When in doubt, get out" fomos. Justificou-se a ida, ainda que tivéssemos que nos abrigar uns momentos na biblioteca Almeida Garrett. O que também valeu a pena! Lá está, aproveitou-se a adversidade, como tanto gostam as psicologias modernas e o nosso 1º PPC! A biblioteca tem um espaço excelente para os miúdos, além dos livros, tem zona de actividades, brincadeira, computadores.

A oferta de diversão no parque do Palácio passava por: pinturas, desenhos para pôr num crachá, jogos tradicionais, bicicleta "btt", saltos na cama elástica, teatro, experimentar equipamentos da polícia, carrinhos de pedais, passeios de canoa no lago.
A Joana quis experimentar tudo e só não fez o que não era adequado à idade/altura.

O melhor do meu mundo é esta Criança!





quarta-feira, 6 de junho de 2012

And the winner is...

... síndrome ou doença mão pé boca... confirmámos hoje no hospital.


"Doença mão pé boca" - retirado de Pais e FilhosA doença boca-mão-pé ocorre sobretudo cerca dos quatro/cinco anos, e pode ser causada por uma grande variedade de vírus, mais frequentemente um que se chama coxsackie. A doença não costuma ser grave e as crianças recuperam numa semana.
Os sintomas começam por febre ligeira, perda de apetite e mal-estar geral. Segue-se o aparecimento de aftas dolorosas na boca, sobretudo na parte interior das bochechas e gengivas, e manchas nas palmas das mãos e plantas dos pés, que depois evoluem para nódulos e bolhas. A doença é contagiosa através das secreções nasais, saliva e líquido das bolhas, durante pelo menos uma semana depois do início da doença. Perante estes sintomas a criança deverá ser observada pelo médico-assistente. O risco maior consiste na desidratação provocada pela não ingestão de líquidos em quantidade suficiente, atendendo à dificuldade em engolir e à falta de apetite. A alimentação deve ser baseada em líquidos e pastosos, frios e de sabor neutro (gelados, por exemplo). Não há tratamento específico, mas é preciso dar todos os medicamentos necessários para o conforto da criança e os pais não se devem surpreender se ela emagrecer – passada a doença, o apetite virá, e em força. É conveniente evitar o contacto com mulheres grávidas"

Felizmente e por enquanto tem "apenas" pintas vermelhas pelo corpo todo, tendo hoje agravado a quantidade e aparecido no rosto, mãos e pés (daí o nome). Esperamos que não evoluam para os nódulo e bolhas... Aftas, perda de apetite e mal-estar, nicles. Toc Toc Toc
A parte da febre deve ter sido a da amigdalite, a pediatra disse-nos que o mais provável é estarem as duas situações relacionadas.
Pode ser que o bicho com nome japonês tenha vindo atordoado... mas já não digo nada...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Pintarolas

Como pela boca morre o peixe, ao fim-da-tarde a miúda apareceu com pintas pelo corpo todo, sobretudo no tronco e pescoço. São vermelhas pequenas e não estão empoladas. A ver vamos no que dá... Para já o dr. da casa recomendou vigilância... Amanhã fica em casa de quarentena.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Amigdalite

A amigdalite entrou pela porta e saiu pela janela. Foi um dia e meio de febre alta e persistente, com recurso ao Brufen para enganá-la até à hora do Benuron. E vómitos. Por causa dos "pontos brancos" foi necessário tomar antibiótico. No dia seguinte, a miúda parecia que tinha sido ligada à corrente eléctrica, tal era o speed - dizia o folheto "muito raramente pode causar efeitos sobre o sistema nervoso central, como hiperactividade" - estava perante um caso raro (antes assim do que KO como a vi).
Como seria de esperar, calhou logo dias antes de um teste do curso, logo o estudo foi intermitente.
Ainda que pedisse alguma atenção, deu para percebê-la mais independente na brincadeira.



Nunca se queixou da garganta, só da cabeça, aliás o dr. da casa (o Dr. House ;) ) detectou pela rotina de ver sempre tudo (tudo tudinho!)
Sendo assim, apetite nunca passou, só nos picos de febre. Fora isso, foi comer pó mundial! Bota!

Foi a primeira vez, aos 4 anos a piquena tomou antibiótico. "Inaugurou" a ficha de toma de medicamentos na escolinha.
Que seja sempre assim com esta saúde e resistência de ferro!